sexta-feira, 22 de julho de 2011

Análise: PANDORA'S TOWN. (Wii)

morrer e tornar-se bonita ou viver ainda que feia. O que a fará mais feliz?”

Plataforma: Wii.

Produção e Desenvolvimento: Ganbarion/ Nintendo.

Publisher: Nintendo.

Lançamento: 26 de Maio/ 2011.

O mistério acabou. Revelado como um novo projeto do Wii durante a reunião de Satoru Iwata com novos investidores nipônicos em Janeiro, PANDORA'S TOWER foi recentemente decifrado depois de vários vídeos promocionais postados no site oficial. Até que no dia 26 de Maio, Pandora no Tou: Kimi no Moto e Kaeru Made. (que significa Pandora's Tower: Until I Return To Your Side. “A Torre de Pandora: Retornarei ao seu lado”) foi lançado no território japonês, pelo menos por enquanto. No ocidente, existe uma previsão para ser lançado na Europa em 2012.

HISTÓRIA.

A misteriosa mulher de cabelos cinzentos, rosto cabisbaixo, que traja um clássico vestido de cetim e que se manteve escondida na única artwork promocional de quando Pandora's Tower ainda era uma incógnita tem apenas 15 anos de idade, além de ser ponto chave da trama do jogo de RPG com foco na ação.

Seu nome é CERES.

Com o talento nato na arte de cantar, Ceres foi escolhida dentre outras artistas mirins para se apresentar no Festival Tradicional de Ópera do reino de Elysium – província do continente Graecia (Grécia em latim). No momento que ela sobe ao palco, bestas demoníacas invadem o festival, devastando parte do reino. Por ser uma das testemunhas a presenciar o incidente que levou a província do continente Graecia a ruínas, a garota predestinada a ser uma sacerdotisa é levada pelo exército local, o qual um soldado de 22 anos fez parte e que a encontra desacordada durante o caos.

Seu nome é ENDE.

Após serem ajudados por um mercador de aparência bizarra e comportamento suspeito chamado GRAIAI a escaparem dos confinamentos da torre, Ende percebe que Ceres está gravemente ferida.

Na realidade, o ferimento é uma maldição em forma de tatuagem nas costas e que gradativamente, consome seu físico, seu psicológico e espírito. Ao recordar que no Passado, o jovem debilitado foi salvo por Ceres após travar uma guerra contra Elysium (“Campos Elísios” - o paraíso de Hades), Ende decide salvá-la em gratidão aos cuidados que ela prestou a ele.


O DUELO POR CARNE FRESCA ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS...

O protagonista do jogo descobre que para tirar a maldição, precisará juntar os 13 pedaços de carne das bestas demoníacas que vivem nas 13 distintas torres espalhadas pelas instalações da gigantesca torre local, conhecida como 'Juusan Futou'. Para arrancar a carne da besta, Ende se apropria da Orichalcum – uma arma em forma de corrente com uma lança pontiaguda, que serve para restringir os movimentos dos inimigos e arremessá-los enquanto ataca outras criaturas, manipular alavancas, resolver puzzles e se proteger dos golpes.

Próximo das instalações das 13 torres, existe uma adotada como base das operações, onde Ceres se recupera, que serve apenas como observação para que seu personagem possa relaxar após dilacerar várias criaturas.

Também existem as 'Carnes de Servente', que servem para retardar o avanço da maldição temporariamente, enquanto a corrente manuseada pelo jogador, é fortalecida. Caso contrário, a maldição se espalha como um Câncer pelo corpo da pequena sacerdotisa, a medida que o tempo passa; até transformá-la em um monstro horroroso.

Este recurso que obriga o jogador a participar de duelos frenéticos na corrida contra o tempo é representado por um cronômetro localizado na parte inferior esquerda da tela. Se chegar no limite, é Game Over sem massagem.

O portão que dá acesso ao lugar onde Ceres está espiritualmente exilada pela maldição, é localizado atrás do território que habita cada um dos 12 chefes reduzidos à um pedaço de carne da besta, após derrotá-los. A medida que Ceres melhora gradativamente após se alimentar dos insumos carnívoros, reviravoltas inesperados vêm à tona através de alucinações provocadas por efeitos colaterais, já que a pequena sacerdotisa é vegetariana.

As batalhas tanto são influenciadas pelas horas transcorridas em tempo real quanto na disposição dos itens tal como o comportamento físico dos inimigos que o cercam. As mesmas sofrem graves mudanças.


CONTROLES SIMPLIFICADOS.

Os ataques comuns e golpes especiais da espada, corrente e de outras armas encontradas durante a jornada são desferidos através da simplificada combinação entre botões e o sensor de movimentos do Wiimote e seu controle auxiliar: Nunchuk, na medida certa e sem exageros. Os jogadores resistentes á tecnologia podem adotar o controle clássico para mecânicas ainda mais simplificadas:

Z – Defesa. (quando pressionado)/ Dar rolamentos. (aperte o botão 1x enquanto estiver andando)

C – Pega objetos como joias, amuletos, artefatos, livros heréticos e armamentos/ Desce um degrau abaixo/ Arrasta um objeto pelo chão quando acorrentado e descarrega energias elétricas pela corrente

Botão (+) - Acessa o menu, onde são localizadas todas as joias, amuletos, artefatos e armas acumuladas durante a aventura.

B – Zoom. (com o botão do Wiimote pressionado, este recurso permite focalizar itens escondidos, localiza os pontos fracos das bestas demoníacas na espreita das torres, dando um “close” em áreas onde a câmera não alcança. Segurando uma corrente com uma lança pontiaguda nas pontas, Ende também aprisiona as criaturas e as dilacera através do sensor de movimentos do Wiimote)/ Neutraliza os inimigos depois de serem acorrentados quando o botão B é pressionado pela segunda vez.

B+A juntos – Ergue a criatura acorrentada das alturas até arremessá-la no chão com brutalidade depois de um gesto com o Wiimote, entre outros ataques especiais.

Wiimote – Extraí a carne demoníaca das entranhas da criatura depois de um movimento sutil e pega joias, amuletos, artefatos, livros heréticos e armamentos de longe.

Nunchuk – Realiza um movimento giratório em 360 graus com a criatura demoníaca acorrentada depois de um movimento sutil.

Uma das estratégias mais inteligentes pode ser presenciada na 2ª torre construída por montanhas rochosas e plataformas sem sustentações ásperas, exigindo que o jogador use estratégias para que o soldado Ende possa subir. Na superfície abaixo, existe uma pedra que precisa ser arrastada próximo da plataforma magmática. Quando estiver próxima, posicione o “pointer” do Wiimote sobre ela, pressione A e B juntos para erguê-la acorrentada e faça um sutil movimento para encravar a pedra na plataforma.

A jogabilidade é simples e balanceada por puzzles deliciosos de resolver. Os diálogos entre os personagens não são monótonos como nos J-RPG's tradicionais e felizmente, tais momentos não se prolongam.

Existe uma espécie de simulação de relacionamento entre o protagonista e a sacerdotisa controlado manualmente pelo jogador, para selar laços de gratidão e afeto entre ambos, mas não é nada que obrigue aos jogadores ocidentais a desistirem da jogatina.


NEM TODA PARTE DA GRÉCIA É BELA.

Visualmente não é de todo mal, mas está longe de ser um Deus-grego. A resolução não é tão convidativo de se admirar quanto a sua inspiradora direção de arte. Mas no geral, o visual agressivo de Pandora's Tower não é nada tão diferente do que já vimos nos jogos dos consoles da geração passada ao recordar do design de fases designadas por tais clichês como os elementos: Aguá, Fogo, Terra e Vento.

Os efeitos de iluminação que enfeitam partes de cada ambiente são belos, mas não conseguem esconder a resolução abaixo da média dos gráficos ultrapassados gerados por algumas texturas lavadas e cores meio desbotadas, impedindo que os jogadores enxerguem todos os detalhes.

É incompreensível, já que no quinto ano de vida do Wii, o console da Nintendo conseguiu reproduzir jogos com gráficos mais cristalinos.

Pelo menos, a trilha sonora dramática intensifica as intensas batalhas de Ende, as levam para a época dos colossais duelos de Hades com a mesma fidelidade dos barítonos e sopranos que reencarnam uma ópera em latim com voracidade e imponência. Com a mesma qualidade, a sonoplastia é profissional e o trabalho de dublagem ecoam vozes em sincronia que combinam com a personalidade e alegoria de cada personagem.

PANDORA'S TOWER tem a Ganbarion (de Ultimate Shonen Jump Superstars/ One Piece Unlimited Adventures) por trás da produção e desenvolvimento enquanto a Nintendo é responsável pela sua publicação. Não precisa estudar Nihongo para progredir na aventura balanceada por controles simplificados e mecânicas intuitivas que favorecem a todos os tipos e níveis de jogadores. Entender como funciona o conceito de Pandora´s Tower é o suficiente para absorver o que este tem de melhor para os amantes de um bom jogo de ação.

Gráficos: 7

Som e efeitos sonoros: 9

Controles e Interatividade: 9

Diversão: 8

Criatividade: 8

Fluência e Movimentação: 8

Longevidade: 7

Média. (produto final): 8



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