Fundo de cena: uma nova Nintendo.
Ao
invés de compartilhar os direitos de distribuição dos jogos
japoneses à outras publishers menores no ocidente, ao longo dos últimos
anos desde o lançamento dos consoles DS/ Wii, a Nintendo tem adotado uma rígida política interna, onde só
são autorizadas as localizações com garantia de retorno financeiro a
curto ou médio prazo.
Enquanto isso...
Em
apenas uma semana e meia, a iniciativa do time formado por Ward fez com que Monado:
Beginning of the World (nome provisório de Xenoblade) ficasse em 1º
lugar no ranking dos futuros jogos em pré-venda do site Amazon, reunindo
mais de 2.5 mil jogadores na página oficial do Facebook e quase 3
mil seguidores no Twitter.
Em
uma antiga conversa com a redação do portal POP Games, Chris Ward disse: “Nós não somos do tipo:
hey, queremos X assinaturas para enviar à Nintendo. Somos parte de
um movimento idealizado por fãs da companhia e queremos ser
ouvidos”.
Em
Junho do ano passado, as perguntas de Ward & Cia foram
arrebatadas com duas respostas consecutivas por parte da NoA: uma representada por um
balde de água fria e mais tarde, uma mais animadora que dizia o
seguinte. “Esperem por notícias em breve”.
O Oriente me orienta.
Embora
as relações entre as equipe de desenvolvimento e produção sejam
mais íntimas na terra do sol nascente, existem regras que vão
além dos interesses mercadológicos entre os três continentes (NoA x NoE x Nintendo Co. Japan) que
respiram o mesmo universo lúdico, mas não falam a mesma língua, se
levantarmos a seguinte indagação: um jogo tipicamente japonês tem
apelo suficiente para a satisfação do público ocidental? Nos tempos de hoje, onde reina a democratização e a invasão do universo JPop e sobretudo, da cultura japonesa no Ocidente, apostamos que sim. A divergência entre a filosofia de trabalho entre ambas, fez com que a Nintendo americana e seu presidente perdessem o respeito dos fãs irritados diante de tanto silêncio e mistério.
Eles nos ouviram.
Apesar
do crescente número de futuros compradores e simpatizantes não
significar uma sólida representatividade, a campanha Operation
Rainfall não só ganhou as atenções da desenvolvedora do RPG
criado por Hironobu Sakaguchi – The Last Story, como fez com que a
Nintendo of Europe o publicasse no dia 24 de Fevereiro. Atualmente, a
versão inglesa de Pandora's Tower – jogo de RPG/ Ação
desenvolvido pela Ganbarion ganhou uma data de lançamento
definitiva: 19 de Abril. O motivo?
Além da versão europeia de
Xenoblade Chronicles ter sido bem elogiado pela crítica, o primeiro
título utilizado pela campanha sumiu das prateleiras em poucas
semanas. Mais tarde, ele foi revelado por
uma rede de varejistas da GameStop nas Américas. Ainda mais tarde, a
versão americana de The Last Story foi oficialmente anunciada na
segunda edição do programa Nintendo Direct, mediado por Reggie
Fils-Aime graças a parceria da publisher XSEED Games com a Nintendo
of America.
Chegou tarde demais?...
Não
deixa de ser lamentável que dois dos melhores títulos do Wii chegue
às lojas americana apenas no último ano do ciclo de vida útil do console
na maneira de fortalecer sua fraca lineup, já que o seu sucessor
chegará as lojas a qualquer momento deste ano.
Nem mesmo o lançamento de um dos blockbusters mais esperados desde 2006 – The Legend of Zelda: Skyward Sword salvou a reputação do console que em 2011, teve seu pior ano, durante um período pífio de buracos devido a falta de lançamentos.
Talvez,
não precisaríamos chegar ao ponto de coletar o maior número de
abaixo-assinados se a Nintendo abandonasse a política de ainda
utilizar as travas de regiões em seus hardwares para a proteção do
mercado interno; uma atitude já abandonada pela Sony a partir do
PS3.
Só agora?
A campanha Operation Rainfall poderia ter começado mais cedo
para impedir que um dos jogos mais desejados pelos donos do Wii -
Zero: Tsuhami no Kamen. (Fatal Frame IV: Mask of the Lunar Eclipse),
se restringisse ao mercado japonês dos jogos eletrônicos.
Em cada parte deste artigo, falaremos sobre os títulos japoneses que não chegaram a ver a luz no Ocidente, para fazer com que a campanha Operation Rainfall não pare por aí.
ZANGEKI NO REGINLEIV
(Sandlot)
Com
mais de três anos em desenvolvimento sob a supervisão da Nintendo e
Takehiro Honma – diretor do estúdio Sandlot (de Earth Defender Force), o Hack´n Slash com foco nos duelos e massacres via Online para 4 jogadores suporta o motionPlus, que melhora a precisão dos movimentos do Wii-Remote.
Representados por dois deuses nórdicos Frey & Freya como protagonistas, os jogadores devem impedir que uma invasão de ogros gigantescos devastem um vilarejo. Seus membros devem ser brutalmente dilacerados por mais de 300 armas medievais costumizáveis com espadas, arcos, lanças, martelos e cajados mágicos. Grande parte dos ogros vem em bando e cada um ocupa o tamanho da tela.
Mesmo que o jogo tenha suporte ao motionPlus, a falta de precisão na resposta de alguns movimentos como os de esquiva, resultam em mortes frustrantes. Apesar de seu ritmo ser manipulada por uma fórmula destrutivamente viciante, os side-quests se repetem da mesma forma em que todos os estágios são construídos por um mesmo design de fases. Pelo menos no modo online multiplayer, as batalhas do jogo não são arrastandas por lags, mesmo que os jogadores do ocidente estejam conectados aos servidores do Japão.
Alcançando apenas a marca de 70 mil unidades vendidas, desde o seu lançamento no dia 11 de Fevereiro de 2010 no Japão, Zangeki no Reginleiv é o tipo de jogo que deve ser apreciado desprentenciosamente e que, talvez a sua premissa, seu tema e conceito foram projetados para vender no território errado.
De acordo com os rumores especulados pela revista ONM - Official Nintendo Magazine, o jogo seria lançado no verão do continente europeu. Não precisamos ir muito longe pra percebermos que o seu baixo número de vendas desencorajou a Nintendo de localizá-lo na Europa.
Fonte: Operation Rainfall
Nenhum comentário:
Postar um comentário