segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Confira a breve análise de CHILD OF LIGHT. (eSHOP Wii U) - um livro poético de conto de fadas da UBISOFT em movimento na forma de J-RPG que homenageia os clássicos dos anos 90.


"Austríaca de cabelos avermelhados e de rara beleza.
Herdeira de família nobre
Do século dezenove, desbravadora Aurora
O Sol, A Lua
E as outras riquezas da mãe natureza
Província de Lemuria
Roubadas por Black Queen
A rainha negra da noite misteriosa
Do mártir em que adoentada
A princesa morre
Seu espírito se aventura pelo reino afora
No ato em que coleta
Os flocos de energia vital
Que emana da flora
É poesia de vanguarda
Em sinergia infinda
No caminhar da jornada
Feito um clássico musical
E tonalidades de tinta
Que se desmancham no estandarte 
Desta obra cultural".
(Cayo Eduardo)


Lançamento: 30.04.2014 
Desenvolvimento/ Produção: UBISOFT Montreal
Publicação: UBISOFT

Com base na engine UbiArt Framework. (motor gráfico de Rayman Origins/ Legends), CHILD OF LIGHT é arte em forma de um J-RPG em 2D pintado a mão que homenageia os clássicos da terra do sol nascente com batalhas por turno, a atmosfera orgânica de Limbo com Final Fantasy VI e muita magia. 


Acompanhada por um vaga-lume chamado Igniculus, a princesa Aurora enfrentará seus medos mais obscuros enquanto dorme eternamente e seu espírito se aventura por Lemuria. Na edição do jogo para eSHOP do Wii U, a UBISOFT soube aproveitar dos recursos do GamePad com sabedoria.


O vaga-lume é manipulado da mesma forma que Muffy em Rayman Legends para Wii U. Tendo como base o modo cooperativo, Igniculus atordoa as criaturas hostis e mitológicas, abre portais, coleta os itens à distância e outras artimanhas. 



Jogar Child of Light é como contemplar um livro encantado estupidamente subestimado pela capa do início até a página dois ao mesmo tempo em que os movimentos de Aurora são revelados de forma sutil. Não demora muito para que os jogadores se rendam aos encantos deste interativo conto de fadas. Habilidades como saltar de um plataforma para outra, empurrar os blocos de concreto e flutuar sobre o cenário são esmiuçadas gradativamente.

Os jogadores passarão por horas contemplando a beleza e exuberância de Lemuria que camuflam amuletos, esferas, flocos de magia, passagens secretas e sobretudo, se movimentam com a leveza de uma poesia.




Elas transitam entre cores pastéis e pinceladas de Aquarela, se harmonizam com as composições orquestradas - sejam elas calmas ou dramáticas para intensificar os combates por turnos.

Durante o combate por turnos, preste atenção na barra inferior da tela, que calcula o tempo em que cada movimento é executado. Caso a protagonista, as personagens coadjuvantes ou inimigos sejam atingidos por um ataque físico ou magia, a ação é interrompida e você terá que esperar alguns segundos para retrucar um novo ataque, contra-ataques, descobrindo seus pontos fracos.

 
Ao fim de cada combate desafiador, Aurora é presenteada com pedras preciosas, amuletos mágicos, gemas e outras esferas chamadas de Oculis.

 
Quando são combinadas em uma espécie de Mandala, elas melhoram seus atributos que contribuem com a força do dano físico, campo de defesa ou esquiva, invocação de entidades e outros feitiços.

Um livro poético de conto de fadas em movimento.


As cenas não-interativas de Child of Light seguem o padrão dos RPG's japoneses mais cultuados dos anos 90, compostos por diálogos sem dublagem.

Porém, a história dos coadjuvantes poderia ter sido melhor explorada pela equipe de desenvolvimento. Mas esse deslize é como um sílaba errada no conjunto da obra poética senão um dos investimentos digitais mais bem pagos que um jogador deverá gastar. Não perca mais tempo. E que venham outras continuações...

Gráficos: 10
Som: 10
GamePad: 10
Joystick: 9
Diversão: 9
Desafio: 8
Replay: 9

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